SUA GRAVIDEZ
Cresce número de bebês que nasceram através da reprodução assistidaUm dos fatores responsáveis pelo aumento é a tendência das mulheres em adiar a maternidade
Bruna Menegueço

Isso significa que cerca de 250 mil crianças nascem com a ajuda da ciência a cada ano. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram dados de 1.563 clínicas em 53 países.
Muitos fatores explicam esse crescimento. Um dos mais fortes é a tendência das mulheres em adiar a maternidade. “A partir dos 40 anos, as taxas de fertilidade de homens e mulheres diminuem cerca de 40%, o que dificulta a fecundação natural”, explica o ginecologista e obstetra José Vicente Lopes, de São Paulo.
Ao analisar os resultados coletados, os cientistas perceberam um aumento no número de nascimentos a partir da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozóides, que cresceu mais do que a fertilização in vitro. "Nesse caso, apenas um espermatozóide é capaz de produzir a fertilização. Com a ajuda de um equipamento específico que fixa o óvulo, aspira o espermatozóide e o injeta dentro do óvulo a ser fertilizado” detalha Lopes. Veja outras técnicas:
Inseminação artificial
A inseminação artificial intra-uterina é indicada para mulheres com dificuldades de ovular, com alterações do muco do colo do útero, e em pacientes cujos maridos tenham distúrbios moderados na produção de espermatozóides, que podem estar presentes em baixa quantidade ou se moverem pouco e, por isso, dificilmente completarem a fecundação do óvulo.
Fertilização "in vitro"
Indicada para mulheres com problemas nas trompas, como sequelas de infecção ou de endometriose, e para pacientes que foram submetidas à laqueadura (ligadura de trompas) e querem engravidar novamente. Se seus maridos tiverem boa produção espermática pode ser feita a fertilização "in vitro" espontânea, onde o óvulo é exposto aos espermatozóides, e a fertilização acontece no laboratório - o bebê de proveta - mas sem qualquer outro procedimento.
Ovodoação
A doação de óvulos só é permitida por lei se a doadora for anônima. Os médicos, em geral, fazem testes biológicos, para evitar que a doadora forneça óvulos contaminados por vírus como o HIV e o da hepatite, por exemplo, ou por outras doenças. É comum que a doadora tenha entre 25 e 35 anos, mas não há exigência explícita. A idade mínima é determinada para que mulheres muito jovens não sejam expostas, e a máxima se deve à possibilidade de que essa mulher tenha as mesmas dificuldades para engravidar.
Barriga de aluguel
A "barriga de aluguel" é feita entre parentes de até segundo grau, irmãs ou primas, para que não haja incompatibilidade sanguínea. Mas no Brasil nem a doadora nem a que empresta o útero podem receber pagamento, ao contrário de outros países. Nos Estados Unidos, aceita-se a ovodoação com recompensa financeira, ou seja, a doadora recebe pagamento em dinheiro pelo ato de doar e, logicamente, existe uma maior disponibilidade de doadoras. A legislação brasileira prevê que a mãe seja responsável pelo tratamento da outra mulher, mas não diretamente
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