Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina

quarta-feira, 24 de março de 2010

Receitas caseiras ganham norma nacional

Anvisa orienta sobre o uso das chamadas “drogas vegetais”

Fernanda Aranda, iG São Paulo | 16/03/2010 11:39

A receita da “vovó” para curar o resfriado permanente. A dica da vizinha para nunca mais sofrer de cólica e até a simpatia de autoria desconhecida para eliminar a dor de cabeça. Todas essas antigas e tradicionais fórmulas para melhorar o bem-estar acabam de ser regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Após consulta pública feita com médicos e profissionais de saúde de todo País, foi publicada uma resolução nacional sobre as chamadas “drogas vegetais”. O objetivo é aproximar ciência e tradição e, para isso, foram definidos os melhores modos de preparo de cascas, plantas, sementes, que potencializam os fins terapêuticos destes produtos.

Outra mudança é que, a partir de agora, as empresas que comercializam as drogas vegetais terão de, a cada cinco anos, passar por testes que confirmem a segurança da utilização dos produtos – presença de microorganismos, bactérias e higiene.

A Anvisa lembra que as cascas, folhas, flores e frutos são diferentes dos medicamentos fitoterápicos (remédios feitos com ingredientes naturais). Por isso, só podem ser usados para amenizar sintomas rotineiros e não para tratar doenças graves. É preciso lembrar que a avaliação do médico é primordial e os sinais de problemas não podem ser negligenciados caso persistam e incomodem muito. No site da Anvisa é possível encontrar 60 receitas com drogas vegetais. Abaixo, algumas delas, indicadas para adultos saudáveis:

Foto: Getty Images/Photodisc

Alcachofra: boa para distúrbios da digestão

Alcachofra
Parte utilizada: folhas
Modo de preparo: 2g (1 colher de sobremesa) em 150mL (xícara de chá). Utilizar 1 xícara de chá três vezes ao dia por via oral
Indicação: dispepsia (distúrbios da digestão)
Contrainidicação: não deve ser utilizado por pessoas com doenças da vesícula biliar
Atenção: usar cuidadosamente e em pessoas com hepatite grave, falência hepática e câncer hepático. O uso pode provocar flatulência (gases), fraqueza e sensação de fome

Sene
Parte utilizada: fruto e folha
Modo de usar: 1g (colher de café) em 150 mL (xíc chá). Utilizar 1 xícara chá, antes de dormir por via oral
Indicação: constipação intestinal eventual
Contraindicação: não deve ser utilizado por portadores de obstrução intestinal, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal de origem não conhecida
Efeitos colaterais: desconforto e mudança na coloração da urina
Atenção: não fazer uso por mais de uma semana

Arnica
Parte utilizada: Flores
Modo de usar: 3g (1 colher de sopa) em 150 mL (xícara chá). Aplicar compressa na área a ser tratada de duas a três vezes ao dia
Indicação: hematomas, traumas, contusões, torções e edemas devido a fraturas e torções
Contraindicação: não utilizar por via oral, pois pode causar gastroenterites e distúrbios cardiovasculares
Efeito colateral: pode, em casos isolados, provocar reações alérgicas na pele
Atenção: evitar o uso em concentrações superiores às recomendadas.

Picão
Parte utilizada: folhas
Modo de preparo: 2g (1 colher sobremesa) em 150 mL (xícara de chá). Utilizar 1 xícara chá quatro vezes ao dia
Indicação: via oral para icterícia (coloração amarelada de pele e mucosas)
Contraindicação: não utilizar na gravidez

Foto: Getty Images/Photodisc Ampliar

Calêndula: atua no tratamento de lesões e queimaduras

Nenhum comentário:

Postar um comentário