Para promotor, madrasta era ‘barril de pólvora prestes a explodir’
Durante a sua explanação no julgamento, o promotor Francisco Cembranelli fez um paralelo entre a vida de Ana Carolina Oliveira e a madrasta Anna Carolina Jatobá. Para ele, a mãe de Isabella era uma mulher que teve uma filha cedo, trabalhava, tinha independência financeira e um novo relacionamento amoroso. Enquanto isso, a madrasta tinha um filho pequeno, que não dava descanso a ela, era uma “escrava”, dependia financeiramente da família do marido e havia abandonado a faculdade.
“Esse era um barril de pólvora que estava prestes a explodir”, afirmou. Segundo o promotor, ele (o ‘barril’) podia explodir contra outras pessoas mas também contra Isabella, porque a madrasta havia inclusive reclamado anteriormente para algumas testemunhas da enteada. Ele fez uma análise de comportamento para colocar a madrasta na cena do crime. “Era ela que esmurrava as vidraças, que esmurrava o marido, que jogava o filho no berço. A mania de agredir as pessoas, de se descontrolar, fazia parte do cotidiano dela.”
Questionado pelo advogado de defesa, Roberto Podval, como o promotor poderia ter tanta certeza de que poderia ser Jatobá que asfixiou Isabella, Cembranelli respondeu: “O esforço empregado por ele (Alexandre) quebraria o pescoço de Isabella”. O promotor diz que a madrasta tinha um ciúmes doentio e que “Isabella naquele momento representava a própria Ana Carolina Oliveira”. Cembranelli também citou o relato do zelador do Edifício London, que afirmou já ter reclamações por causa das brigas do casal, apesar do pouco tempo em que eles moravam no apartamento. (Por Luciana Bonadio)
Leia a cobertura completa do caso Isabella
Promotor diz ser alvo de ‘canalhice sem precedentes’
O promotor Francisco Cembranelli ficou nervoso durante sua réplica na sala do júri e disse ser alvo de uma “canalhice sem precedentes”.
A frase foi dita em referência à acusação de que o delegado propôs que Alexandre Nardoni assumisse a culpa pela morte de Isabella e que ele estava presente neste momento, ainda durante as investigações. (Com informações da TV Globo)
Promotor mostra foto do quarto de Isabella
Em sua réplica na noite desta sexta-feira (26) no Fórum de Santana, onde o casal Nardoni é julgado, o promotor Francisco Cembranelli mostrou aos jurados fotos do quarto de Isabella. Para o promotor, “a própria dinâmica do quarto” mostra que a menina não chegou a ser colocada na cama, já que havia duas bonecas atravessadas em cima do colchão. Pela teoria de Cembranelli, o quarto estava do jeito que a menina deixou durante a manhã de 29 de março de 2008.
Além disso, uma outra foto da perícia, desta vez dos quarto dos meninos, prova, de acordo com ele, que Alexandre Nardoni não esticou o edredom para eles dormirem, como disse em depoimento, já que a coberta estava embolada. (Por Luciana Bonadio)
Homem vestido de amarelo chama atenção em frente do fórum
José Vander Pacheco, que se autodenomina Yellowman, é uma das pessoas que mais chama a atenção em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, onde está sendo realizado o julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte de Isabella Nardoni em 29 de março de 2009. O motivo são as roupas e o cabelo, ambos em um tom forte de amarelo.
“Eu estava com uma depressão quando estava em Caçapava (interior de São Paulo), quando tive uma visão de algo amarelo. Então, peguei umas roupas brancas e tingi de amarelo, assim como o cabelo e criei este personagem, o Yellowman”, contou. Sobre o julgamento, ele quer, a exemplo da maioria das pessoas que se encontram em frente ao fórum, que Alexandre Nardoni seja condenado pela morte de Isabella. (Foto: Daigo Oliva/G1)
Após passar mal, Anna Jatobá deve voltar ao plenário
Anna Carolina Jatobá, que passou mal e teve de ser retirada do plenário durante a explanação do advogado Roberto Podval, deve voltar ao plenário. No momento, é feita a réplica do promotor Francisco Cembranelli, iniciada às 17h45, segundo o Tribunal de Justiça.
Muito nervosa e chorando muito, ela chegou a ter enjoos. Jatobá tomou o medicamento Plasil. Ela também apresentou queda na pressão.
Ela ainda não está na sala. Ela passou pela enfermaria e foi levada à carceragem. (Por Roney Domingos)
Recapitulando: sentença do casal Nardoni deve sair na madrugada de sábado
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a sentença de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá será conhecida na madrugada deste sábado (27). A previsão, de acordo com o TJ, é que a sentença seja divulgada por volta de 1h.
Às 18h, o promotor Francisco Cembrabelli fazia sua réplica. Após novo recesso, a defesa deve fazer tréplica entre 19h30 e 21h30.
Em seguida, das 21h30 às 22h haverá um intervalo para o jantar. Na sequência, o júri se reúne numa sala secreta para decidir se Alexandre e Anna Jatobá são culpados ou inocentes. Após a votação, o juiz Maurício Fossen se retira para lavrar a sentença. Ele terá uma hora para esse trabalho, das 23h30 de sexta à 0h30 de sábado (27). O anúncio da sentença está previsto para a 1h.
Morte de Isabella completa dois anos na segunda-feira
Na segunda-feira (29), a morte de Isabella Nardoni completa dois anos. Acusados de matar a criança, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, respectivamente pai e madrasta da menina, saberão entre esta sexta-feira e sábado (27) se serão liberados ou condenados. Os sete jurados que desde segunda-feira (22) assistem ao julgamento decidirão o destino do casal na noite desta sexta. Se condenados, os dois voltarão aos presídios em Tremembé, no interior de São Paulo. Se forem inocentados, sairão do Fórum de Santana livres. (Por G1)
Sessão é retomada no Fórum de Santana
O júri do casal Nardoni foi reiniciado por volta das 17h45 desta sexta-feira (26). Após um intervalo, o promotor Francisco Cembranelli voltou a fazer sua explanação. Ele faz agora a réplica. Antes, o advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, fez sua apresentação aos jurados. (Por Roney Domingos)
Defensor usa Madeleine e Chico Xavier para demonstrar inocência do casal Nardoni
O advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, utilizou o exemplo do sumiço da garota inglesa Madeleine McCann em Portugal para tentar provar a inocência de Alexandre e Anna Carolina Jatobá.
Em Portugal, disse, também tentam incriminar os pais pelo desaparecimento da menina.
Segundo ele, trata-se de um caso análogo ao brasileiro em que o pai e a madrasta são apontados como culpados pela queda da menina Isabella.
No fim de sua fala, Podval, aparentemente emocionado, citou uma frase que atribuiu ao médium Chico Xavier. “Ninguém pode voltar atrás para um novo começo, mas podemos fazer um novo fim.” (Com informações da TV Globo)
Podval usa depoimento de testemunha para tentar provar tese da terceira pessoa
O advogado Roberto Podval tentou mostrar aos jurados a possibilidade de uma terceira pessoa no apartamento no dia da morte de Isabella usando o depoimento de uma testemunha à polícia. Essa testemunha disse que ouviu um barulho de porta batendo antes da queda da menina e que chegou a pensar que o barulho tivesse sido do impacto.
O promotor Francisco Cembranelli refutou a tese do advogado, dizendo que ele tenta colocar alguém que não existe no prédio. Podval disse aos jurados que para matar alguém é preciso ter uma razão. Afirmou ainda que no dia antes do crime a menina já tinha ido ao prédio e nada tinha acontecido. Nesta data, Anna Jatobá cuidou de Isabella enquanto ela brincava na piscina e a levou à escola. “Por que ela mataria? Criaram uma trama para destruir.”
Para o advogado, a perícia não chegou à autoria do crime. Por isso, disse, não tem sentido dizer que foram eles. (Com informações da TV Globo)
Anna Jatobá passa mal e tem de ser retirada temporariamente do plenário
Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella, passou mal durante a explanação do advogado Roberto Podval e teve de ser retirada temporariamente da sala do júri, no Fórum de Santana (Zona Norte).
Muito nervosa e chorando muito, ela chegou a ter enjoos. Jatobá tomou o medicamento Plasil. Ela também apresentou queda na pressão.
Até as 16h50, quando foi decretado o intervalo pelo juiz Maurício Fossen, ela ainda estava fora do plenário. (Com informações da TV Globo)
Advogado de defesa ironiza perita e diz que é um ‘maluco’ questionando uma ‘gênia’
O advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, ironizou as falas da perita Rosângela Monteiro, que disse em seu depoimento ser a única capaz de realizar testes com o “blue star” no estado de São Paulo. Ele a chamou de arrogante. “A pessoa mais esperada, ilustre, a mais culta, a única perita do Brasil que tem conhecimento para fazer teste do ‘blue star’”, disse no início da argumentação contra a perícia. Depois de apontar as falhas observadas por ele no trabalho, Podval completou: “Aí eu sou o maluco que fica criticando e questionando a gênia”.
Podval defendeu que o crime deveria ter sido investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O advogado afirmou não saber o que ocorreu no apartamento, mas fez um apelo aos jurados. “Essas pessoas podem ser presas pelo resto da vida por matar um filho, e isso não está certo.” (Por Débora Miranda)
Júri entra em recesso de 15 minutos
O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella em 2008, entrou em recesso de 15 minutos às 16h55 desta sexta-feira (26). O júri, que já dura sete horas, será retomado com a argumentação do Ministério Público. (Por: Kleber Tomaz)
Podval diz que cronologia da Promotoria não bate e, se pudesse, sugeriria visita a prédio
O advogado Roberto Podval afirmou nesta sexta (26) que a linha do tempo montada pela Promotoria não bate. Segundo ele, tudo foi feito com tempo aproximado. “Se eu pudesse, sugeriria para voltarmos ao prédio, tomarmos o elevador da garagem até o sexto andar, e eu aposto com vocês que o tempo não bate”, disse. Para Podval, o fato de Anna Jatobá ter visto a entrada de um veículo de um morador do prédio na garagem – ele posteriormente confirmou que chegou naquele horário – é a maior prova de que ela não estava no apartamento quando ocorreu o crime.
O advogado Antonio Nardoni, pai de Alexandre, chegou a cogitar a possibilidade de levar os jurados até o local no primeiro dia de julgamento. A maquete levada ao plenário, no entanto, ajudou a aproximar os jurados da realidade.
Podval questionou, durante sua explanação, o trabalho da investigação policial e da perícia. Perguntou, por exemplo, por que não foi feito um exame para verificar a presença de pele sob as unhas do casal – a perícia diz que havia marcas de unhas na nuca da menina. Ele também questionou sobre o sangue encontrado na cadeirinha do carro. Segundo o advogado, houve uma falha, porque a perícia diz que há traços do perfil genético da Isabella, mas não conclui que o sangue é da menina. Ele falou também que, na rede de proteção da janela, foi encontrado um fio de cabelo, que acabou não examinado. (Por Débora Miranda)
Em caso de absolvição, casal Nardoni será imediatamente liberado
Se a maioria dos sete jurados responsáveis por decidir o destino dos acusados de matar Isabella decidir que o casal é inocente, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá serão liberados logo após o anúncio do veredicto. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, em casos de absolvição um documento intitulado “alvará de soltura clausulado” é emitido na hora. Esse documento libera os acusados caso eles não estejam presos por outros processos –como é o caso do casal Nardoni. (Por: G1)
Podval chora e diz que promotor o ‘intimida’
O advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, iniciou emocionado sua argumentação, na tarde desta sexta-feira (26). Ele chegou a chorar. O advogado elogiou o promotor do caso. “O Cembranelli me intimida.” Podval afirmou que defender o casal Nardoni é uma das missões mais difíceis de sua vida, mas que “defende o que acredita”. Também agradeceu a policiais e funcionários do fórum que, segundo o advogado, evitaram que ele fosse agredido. O advogado do casal enfrentou manifestações durante os dias de julgamento, além de uma tentativa de agressão. (Por Débora Miranda)
Mesa com brinquedos e imagem de santa é colocada em frente ao Fórum de Santana
Uma mesa com quatro bonecas, um carrinho de brinquedo, flores brancas e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida coberta pela bandeira do Brasil foi colocada ao lado da entrada do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. No local, é realizado desde segunda-feira (22) o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da menina Isabella.
No mesmo local, um cartaz que pede “justiça para todos” mostra fotos e reportagens sobre a morte de Isabella e de outros crimes brutais. (Por Juliana Cardilli)
Jovem reclama de pré-julgamento e gera confusão em frente ao fórum
Um jovem que protestava em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte, reclamando do pré-julgamento do casal Nardoni causou um princípio de confusão no local por volta das 16h desta sexta (26).
Manifestantes que clamam por justiça e pedem a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá se revoltaram com a atitude e partiram para cima do jovem.
A Polícia Militar teve de intervir e levar o jovem para dentro do fórum, em segurança. (Por Juliana Cardilli)
Manifestantes seguem em frente a fórum pedindo condenação do casal Nardoni
Com cartazes e faixas exibindo fotos da menina Isabella, muitas pessoas seguem em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, pedindo a condenação de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá e aguardando o veredicto do júri nesta sexta-feira (26). Nem a chuva forte na região afastou os manifestantes. (Foto: Daigo Oliva/G1)
‘Estou tensa e muito fragilizada’, diz mãe de Isabella
A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, conversou por telefone com o G1 por volta das 15h20 desta sexta-feira (26), último dia do julgamento do casal Nardoni. “Eu estou bastante tensa e fragilizada e não tenho condições de falar muito sobre esse assunto”, afirmou. “Tenho bastante esperança que a justiça seja feita”, disse ao G1. A mãe de Isabella prestou depoimento na segunda-feira (22) e, por pedido da defesa do casal, ficou à disposição da Justiça em uma sala do Fórum de Santana até quinta-feira (25), incomunicável. Nesta sexta, ela decidiu não acompanhar o julgamento no fórum em razão do abalo emocional.
Na quinta-feira, ela passou por uma avaliação médica. Tanto a defesa quanto a acusação permitiram que fosse feita uma consulta após um oficial de Justiça que acompanhava Ana Carolina na sala em que ela estava isolada desde segunda demonstrar preocupação com a saúde dela. Foi autorizada, então, uma avaliação. O psiquiatra do Tribunal de Justiça apresentou ao juiz Maurício Fossen um laudo em que dizia que a mãe de Isabella estava “muito abalada, com estado agudo de estresse”. A defesa entendeu a situação e dispensou a presença dela no plenário, liberando-a da acareação. (Por Kleber Tomaz)
Julgamento do Casal Nardoni é retomado às 14h43 com argumentação da defesa
O julgamento do casal Nardoni foi retomado às 14h43 desta sexta-feira (26) após ter sido interrompido por volta das 13h no Fórum de Santana, Zona Norte de São Paulo. Os trabalhos do Tribunal do Júri foram ser retomados com a explanação do advogado de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval.
Por solidariedade, ladrão limpa apartamento e tranca a porta, ironiza promotor
Ao comentar a tese de que havia uma terceira pessoa no apartamento dos Nardoni, defendida pelos acusados de matar Isabella, o promotor Francisco Cembranelli usou da ironia para criticá-la. “Por solidariedade, o ladrão limpa o apartamento, faz faxina, sai, tranca a porta e desce, sabendo que lá embaixo havia mais de 30 policiais”, afirmou o promotor. Para ele, as provas periciais e os depoimentos dos acusados indicam que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são culpados. (Com informações da TV Globo)
‘Cembranelli não deixou pedra sobre pedra!’, diz Gloria Perez no Twitter
A autora de novelas Gloria Perez, que acompanha no Fórum de Santana o julgamento do casal Nardoni, colocou observações em seu Twitter sobre o julgamento.
Por volta das 13h30 desta sexta-feira (26), ela escreveu: “Intervalo: Cembranelli não deixou pedra sobre pedra!”
O Twitter dela é: http://twitter.com/gloriafperez
‘Não há como ter outra pessoa no apartamento’, diz promotor
Durante explanação do promotor Francisco Cembranelli nesta sexta-feira (26), o advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, ficou irritado algumas vezes e houve enfrentamento entre os dois. Em certo momento, Podval perguntou: “Qual a prova da autoria do crime?” Irritado, o promotor disparou: “Não há como ter outra pessoa no apartamento”, afirmou, emendando que os réus mataram Isabella e que havia marcas de asfixia e de unhas no pescoço da menina.
Anna Jatobá chamava mãe de Isabella de ‘vagabunda’, diz promotor
O promotor Francisco Cembranelli afirmou nesta sexta-feira (26) que Anna Carolina Jatobá chamava a mãe de sua enteada de “vagabunda”. Em sua explanação, o promotor lembrou do depoimento de um antigo vizinho que afirmava que o casal acusado de matar Isabella brigava constantemente. “Ela tinha ciúmes doentio de Ana Oliveira. Essa história de que elas se confraternizavam, que eram amigas, é mentira”, contou.
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