Presidente da Federação Francesa não descarta volta de Anelka à seleção

Jean-Pierre Escalettes diz que corte da Copa do Mundo já é uma punição muito dura, e não dá a certeza de banimento definitivo do centroavante

Por GLOBOESPORTE.COM Knysna, África do Sul

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Após a entrevista coletiva do capitão Patrice Evra, na qual disse haver um traidor no grupo de jogadores da França que disputa a Copa do Mundo de 2010, o presidente da Federação Francesa de Futebol, Jean-Pierre Escalettes, conversou com os jornalistas e não garantiu que Anelka esteja fora definitivamente da seleção francesa. Segundo Escalettes, o corte de uma Copa do Mundo é uma punição muito dura. Confira trechos da entrevista, dada ao jornal "L'Equipe".

Escalettes diz que corte da Copa já é uma punição muito dura para Anelka, e não garante banimento
(Foto: EFE)

Necessidade do corte
Ele disse coisas inaceitáveis, contrárias aos valores que defendemos. Não é exatamente o que foi publicado, mas tiveram mesmo teor. O próprio treinador confirmou para mim. Nicolas se recusou a fazer um pedido público de desculpas, era natural que a comissão técnica e a Federação tomassem a decisão.

Aceitação do corte
A atitude de Anelka foi, em todos os aspectos, digna e nobre. Ele aceitou a decisão do presidente. Foi um momento doloroso para ele e para nós.

Banimento ou afastamento temporário?
Tudo é possível. Esta já é uma sanção extraordinária, muito dura. Talvez seja a primeira vez que um jogador da França volte antes do final de um torneio.

Razão da revolta
São coisas do futebol. Por motivos pessoais, por decepção, isso acontece. Às vezes choca, mas não é algo excepcional. Porque ter acontecido na seleção francesa, se torna um assunto de Estado. Sim, é um fato sério termos excluído Nicolas Anelka, mas tudo foi feito para que essa página fosse virada.

Se é normal, então por que o corte? Quais são os reais motivos?
Vocês querem sempre ver coisas onde não há... Eu fiz a minha investigação. As palavras foram ditas. Descobriu-se que não estavam totalmente exatas, mas quase. Eu considerei que ele ultrapassou, em palavras, o que se pode ouvir em um vestiário.

A investigação do ocorrido
Eu não estou no vestiário, mas eu sei. Não imediatamente, é verdade, mas sei. Então eu descobri o que aconteceu na sexta-feira. A partir daí, eu fiz o que deveria fazer, mesmo tendo me sentido muito mal. Somos homens, não devemos esquecer.

Saída de Domenech após a Copa do Mundo
Nunca disse a minha decisão a ninguém. Nem mesmo à minha mulher.