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domingo, 27 de junho de 2010

Argentina repete filme, bate o México e vai atrás da Alemanha nas quartas

Gol ilegal de Carlitos Tevez abre caminho para a vitória por 3 a 1 dos hermanos, que encaram na próxima fase o algoz da Copa de 2006

Messi faz boa jogada, mas continua sem marcar na Copa, aos 47 do 2º tempo

Messi faz boa jogada, mas continua sem marcar na Copa, aos 47 do 2º tempo.

  • Messi faz boa jogada, mas continua sem marcar na Copa, aos  47 do 2º tempo

    Messi faz boa jogada, mas continua sem marcar na Copa, aos 47 do 2º tempo

  • Gol do México! Hernandez faz bela jogada e marca, aos 25  do 2º tempo

    Gol do México! Hernandez faz bela jogada e marca, aos 25 do 2º tempo

  • Quase! Barrera desvia pro gol, mas Heinze evita, aos 25 do  2º tempo

    Quase! Barrera desvia pro gol, mas Heinze evita, aos 25 do 2º tempo

  • Hernandez tenta de cabeça, mas bola vai para fora, aos 17  do 2º tempo

    Hernandez tenta de cabeça, mas bola vai para fora, aos 17 do 2º tempo

  • Barrera faz linda jogada, mas chuta para fora, aos 15 do 2º tempo

  • Gol da Argentina! Tévez arrisca de fora da área e amplia, aos 6 do 2º tempo

  • Salcido cruza na área e Hernandez chega atrasado, aos 46 do 1º tempo

  • Bola nas Costas: Argentino Heinze bate com a cabeça na câmera e revida com um tapa

  • Tumulto no fim do primeiro tempo entre argentinos e mexicanos

  • Na comemoração do gol da Argentina, Heinze dá testada e depois um tapa em câmera

  • Salcido arrisca mais uma e Romaro espalma, aos 33 do 1º tempo

  • Gol da Argentina! Zagueiro erra e Higuain amplia, aos 32 do 1º tempo

  • Gol da Argentina! Em lance confuso, Tévez abre o placar, aos 24 do 1º tempo

  • Javier Hernandez arrisca de fora e bola vai para fora, aos 14 do 1º tempo

  • Messi faz boa jogada e chuta para a defesa tranquila de Perez, aos 12 do 1º tempo

  • Na trave! Salcido solta a bomba e acerta o travessão, aos 7 do 1º tempo

  • Guardado chuta e bola passa muito perto, aos 8 do 1º tempo

  • Execução dos hinos nacionais de Argentina e México

A figura de Maradona à beira do campo, envergando seu terno cinza, ajuda a lembrar que este não é um filme repetido. O técnico é novo, mas o roteiro argentino no mata-mata da Copa de 2010 vai se desenhando como um plágio de 2006. Neste domingo, a vítima foi o México, assim como tinha sido há quatro anos, com a diferença de que foi um gol ilegal de Tevez que abriu o caminho para a vitória por 3 a 1. Cenas do próximo capítulo: no sábado, às 11h, na Cidade do Cabo, está marcado para as quartas de final um duelo de campeões, daqueles que fazem tremer qualquer estádio. Do outro lado do campo, a tricampeã Alemanha, algoz dos hermanos no último Mundial. Saiam da frente.

Em 2006, a Argentina bateu o México na prorrogação, com gol de Maxi Rodríguez, e foi eliminada pelos alemães nos pênaltis. Maradona, que estava na arquibancada há quatro anos, espera que desta vez a segunda parte do filme tenha um final mais feliz.

tevez gol comemoração argentina x méxicoTevez marcou duas vezes na vitória da Argentina neste domingo, no Soccer City (Foto: Reuters)

No domingo, diante de 84.337 torcedores no Soccer City, justamente quando o México estava melhor no início do jogo, Tevez abriu o caminho com um gol em claríssimo impedimento, ignorado pelo juiz. Higuaín fez 2 a 0 e assumiu a artilharia da Copa, com quatro tentos. O próprio Tevez, com um golaço de fora da área, ampliou o placar, e os mexicanos ainda diminuíram com Hernández.

O jogo

O primeiro embate do dia foi entre o goleiro Perez e um enorme rolo de papel higiênico jogado pela torcida no meio do campo. O juiz italiano Roberto Rosetti parou o jogo aos cinco minutos, e o carequinha que guarda as traves mexicanas se encarregou de fazer a faxina no gramado.

Messi se engraçou aos sete, em jogada individual que terminou em chute prensado na zaga. Mas o primeiro grande susto saiu logo depois, pelos pés de Salcido, que soltou um foguete do meio da rua e por pouco não surpreendeu Romero: o goleiro fez mão de maionese e a bola explodiu no travessão. No ataque seguinte, Guardado bateu forte de fora da área e, com incrível efeito, a Jabulani passou raspando a trave.

O camisa 10 da Argentina arrancou de novo aos 12, ganhou do zagueiro na corrida, mas tentou uma jogada que nem o maior craque da Copa consegue: encobrir um goleiro que estava em cima da linha.

Nos primeiros 15 minutos, três finalizações para cada lado, mas o México chegava com mais perigo. E a defesa conseguia a proeza de anular as jogadas argentinas pelas pontas. Engarrafado no meio, Messi tinha que voltar até a linha do meio de campo, sempre com pelo menos dois jogadores beliscando seus calcanhares.

A solução para sair dessa enrascada? Uma ajudinha do apito. Aos 26, Messi rolou para um Tevez em posição duvidosa. O atacante dividiu com o goleiro e a bola voltou para o camisa 10 que tentou encobri-lo. Aí reapareceu Tevez, e desta vez sua posição não tinha nada de duvidosa. Completamente impedido, Carlitos cabeceou livre para o fundo da rede.

Enquanto Tevez se ajoelhava perto da bandeirinha de escanteio e mordia o escudo na camisa, os mexicanos voltavam para dar a saída no meio de campo. Foi aí que o telão do estádio, contrariando o habitual na Copa, mostrou o replay do lance, com tira-teima e tudo. Resultado: um exército verde partiu em direção ao árbitro italiano. Rosetti ainda foi consultar o assistente Stefano Ayroldi, mas a dupla confirmou a lambança: Argentina 1 a 0.

Aos 33, os hermanos receberam outra ajuda generosa, desta vez do zagueiro mexicano Osório, disparado o pior em campo no primeiro tempo. Na entrada da área, o camisa 5 recebeu a bola sozinho, tranquilo, soberano, só ele e a Jabulani. Mesmo assim conseguiu se enrolar todo. Entregou o ouro para Higuaín, que, surpreso com o presente, invadiu a área e teve frieza para driblar o goleiro antes de fazer o segundo.

Artilheiro da Copa com quatro gols, Higuaín partiu acelerado em direção a Maradona, que agradeceu com um abraço caloroso. Pouco antes, ganhou os parabéns do lateral Heinze, que não percebeu o cinegrafista à beira do campo e – bum – deu uma cabeçada na câmera. Em um milésimo de segundo, a euforia virou fúria, e o argentino, no reflexo, deu um tapão no equipamento.

Os dois gols deram um banho de água fria no México, e a Argentina teve chances para ampliar. Aos 36, Di Maria chutou cruzado e obrigou Perez a fazer grande defesa. Quatro minutos depois, Higuaín ganhou de Osório – sempre ele – no alto, mas cabeceou para fora.

Repleto de tensão, o primeiro tempo terminou com bate-boca e empurra-empurra na saída para o vestiário. Na boca do túnel, o bolo de gente incluía jogadores mexicanos, Maradona, reservas argentinos. No fim das contas, o tumulto foi controlado e todos desceram na santa paz para os 15 minutos de descanso.

Na volta para o segundo tempo, Javier Aguirre tirou Bautista – que não fez absolutamente nada em seus únicos 45 minutos na Copa – e lançou o atacante Barrera. A estratégia ofensiva do México, contudo, foi dizimada por um torpedo inapelável de Tevez aos sete minutos. O camisa 11 perdeu a bola para os zagueiros na frente da área, mas recuperou a posse e não pensou duas vezes: um canudo no ângulo de Perez, golaço, 3 a 0 para os hermanos.

Aos poucos, o México voltou a respirar. A equipe aumentou o volume de jogo e chegou algumas vezes, principalmente com chutes fortes de fora da área. Guardado, Salcido, cada um foi tentando o seu, e o goleiro Romero botava para escanteio ou via a bola sair para tiro de meta. Hernández teve sua chance de cabeça aos 17, mas mandou por cima do travessão.

Aos 23, descanso merecido para o guerreiro Tevez. Autor de dois gols, ele deixou o campo para a entrada de Verón e ganhou o abraço agradecido de Maradona.

O esforço asteca persistiu. Aos 24, Heinze salvou em cima da linha o gol de Barrera. Aos 26, não houve jeito. Hernández botou na frente, criou espaço dentro da área e encheu o pé esquerdo, balançando a rede de Romero.

Com Messi apagado, a Argentina não conseguia emplacar seus contra-ataques. Mas deu um jeito de segurar o ímpeto verde e manter o placar a seu favor. O camisa 10 ainda teve uma chance de marcar no último minuto, mas esbarrou no goleiro Perez. Agora, é pensar na reprise de sábado – torcendo para que não seja uma reprise até o fim.

Argentina 3 x 1 México
Romero, Otamendi, Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez (Pastore) e Di Maria (Jonás Gutiérrez); Messi, Tevez (Verón) e Higuaín. Perez, Juarez, Rodríguez, Osório e Salcido; Rafa Márquez, Torrado, Guardado (Franco) e Giovani dos Santos; Bautista (Barrera) e Hernández.
Técnico: Diego Maradona Técnico: Javier Aguirre
Gols: Higuaín, aos 26, Tevez, aos 33 do primeiro tempo; Tevez, aos 7, Hernández, aos 24 do segundo.
Cartão amarelo: Rafa Márquez.
Estádio: Soccer City (em Joanesburgo). Data: 27/6/2010. Horário: 15h30m. Árbitro: Roberto Rosetti (Itália). Assistentes: Paolo Calcagno (Itália) e Stefano Ayroldi (Itália). Público: 84.337.

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