Luisão e a Família Futebol Clube
Na casa do zagueiro da seleção brasileira, todo mundo tem a maior intimidade com a bola.
Na casa do jogador Luisão, o melhor remédio é um comprimido que não se engole. Grande e redondo em doses fartas para o filho mais velho.
A mãe Arlete Silva explica: “Ele só teve probleminha de bronquite, mas depois começou a jogar bola e sarou”.
Anderson Luís. Aqui não tem Anderson, nem Luís, nem Luisão.
“Eu o chamo de Ander”, diz a irmã Andressa.
“Para mim, ele é o Ander. Ander daqui, Ander de lá. É o Ander de Amparo, confirma a mãe do jogador.
Amparo, interior de São Paulo: terra de jogador de futebol. Pode colocar tudo na conta da família Silva.
“Tinha dois irmãos que jogavam bola, meu pai também jogava. Acho que é do sangue mesmo”, diz Arlete.
“Sempre minha atividade foi jogar futebol”, lembra o pai Mário Silva que já foi profissional em times do interior paulista.
E o pai do pai?
“Meu pai jogou na Ponte Preta, depois ele teve a oportunidade de ir para a Portuguesa.”
“Eu fui privilegiada por ter três filhos jogadores”, comemora a mãe.
Depois de Ander, Alex, o Alex Silva, do São Paulo, e com passagens pela seleção. E depois de Alex, Andrei, do time júnior do Benfica.
“Acho que só não saíram mais jogadores porque a outra é menina. Meu pai e minha mãe foram muito felizes”, brinca Luisão.
Nas horas livres, o pai Mário Silva faz trabalho voluntário. Como não teve mais filhos, a fabricação continua com os meninos carentes de Amparo.
Em casa, tudo lembra bola, até a cabeça dos homens.
Na escolinha do Rio Branco, não encontramos meninos carecas. Eles trazem a inspiração no peito.
A cidade já teve até Copa Luisão. Já foram sete edições da Copa que leva o nome do ídolo de Amparo. Faz tempo que ele se foi da cidade. Destaque no Juventus de São Paulo, depois do Cruzeiro e há sete anos no Benfica.
Pela seleção, foi à Copa de 2006 como reserva e é convocado desde os primeiros tempos de Dunga. Ander, 1,92m, careca. Glória da família Silva, a Família Futebol Clube.
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