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domingo, 6 de junho de 2010

De 'Ruim' a pipoqueiros: astros da seleção conviveram com críticas

Quase todos os 23 jogadores convocados por Dunga têm histórias relevantes de momentos em que foram considerados 'pernas-de-pau'

Por Eduardo Peixoto Direto de Joanesburgo, África do Sul


Luis Fabiano, pelo São Paulo em 2004Luis Fabiano, pelo São Paulo em 2004 (Foto: Arquivo)

Quando subiu para o time profissional do Flamengo, aos 17 anos, Juan ganhou o nada carinhoso apelido de “Ruim” da torcida de Flamengo. Exagero e precipitação, claro. Mas corriqueiro no lado passional que move os torcedores. E ele não foi o único da lista dos 23 convocados por Dunga a sofrer severas críticas em pelo menos um período da carreira.

Luís Fabiano e Kaká ganharam a alcunha de pipoqueiros no São Paulo, Kleberson foi eleito por um jornal inglês a quarta pior contratação da era Alex Ferguson no Manchester United... Quase todos têm derrotas contundentes a contar.

A partir do dia 15, no entanto, eles têm a grande chance de apagar ainda mais as pequenas máculas no passado. A estreia contra a Coreia do Norte abre caminho para colocá-los na restrita lista de campeões mundiais.

Eleito melhor do mundo em 2007, Kaká considera os percalços na carreira normais. E cita, que além da hostilidade no time paulista, também passou por momentos delicados em outros momentos.

Kleberson e Cristiano Ronaldo, no ManchesterKleberson ofuscou Cristiano Ronaldo na chegada
Manchester. Só nela (Foto: Reprodução)

- Tive isso (questionamento) em todos os momentos da minha carreira. No São Paulo todo mundo lembra como saí, no Milan quando perdemos a final da Liga dos Campeões em 2005 do jeito que foi, no Brasil por causa da Copa de 2006. Em todos os outros superei as dificuldades e consegui estar aqui – disse.

Alguns integrantes do grupo de Dunga poderiam desistir da carreira antes mesmo de começá-la se fossem levar as críticas a sério. Elano, por exemplo, foi detonado por um jornal de Limeira que disse que era “impossível que ele fosse profissional”. O físico franzino de Robinho também o fez ser

Restrições no passado à parte, o grupo que Dunga levou à África do Sul tem experiência em títulos. São 241 no total. O recordista é Maicon, que já foi reserva do Mônaco. Ele levantou 20 taças. O único que ainda não teve o gostinho foi Michel Bastos.

Confira algumas lembranças desagradáveis de alguns jogadores brasileiros:
Gomes Contestado no Cruzeiro mesmo na época da tríplice coroa em 2003, quando foi titular nos títulos Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro.
Doni Vaiado em diversos jogos do Corinthians. Saiu do clube sem deixar saudade em 2004. No Roma também sofreu críticas e está há quase meio ano no banco.
Maicon Ficou na reserva do Mônaco, da França, nos primeiros meses de Europa.
Michel Bastos Foi rebaixado à Segunda Divisão do Brasileiro pelo Grêmio em 2004 e dispensado logo depois. Chegou a pensar em abandonar o futebol, mas o pai não deixou.
Gilberto Mesmo com uma Copa do Mundo nas costas, sofreu no mediano Tottenham, da Inglaterra, e chegou a jogar no time B.
Juan Quando subiu para os profissionais do Flamengo, aos 17 anos, era vaiado constantemente e chamado de "Ruim".
Lúcio Dispensado do Bayern de Munique, da Alemanha, pelo técnico Louis Van Gaal em 2009.
Thiago Silva Em Portugal, poucos jornalistas e torcedores lembram da passagem dele pelo Porto em 2004.
Gilberto Silva Técnico do Arsenal, Arséne Wenger, o vendeu por valor quase irrisório para o Panathinaikos, da Grécia, em 2008.
Felipe Melo Vaiado a cada toque na bola por um longo período no Flamengo no início dos anos 2000. Também participou da campanha que terminou com o rebaixamento do Grêmio à Série B, em 2004.
Elano No início da carreira, jornal de Limeira fez o seguinte comentário à atuação dele: "Impossível ser profissional".
Kaká Hostilizado com chuva de pipocas na saída do São Paulo.
Kleberson Era a estrela em uma apresentação de reforços que também tinha Cristiano Ronaldo. Saiu da Inglaterra eleito pelo tabloide The Sun como a quarta pior contratação da era Alex Ferguson.
Josué No início da carreira foi desaconselhado a jogar futebol por causa da baixa estatura.
Julio Baptista Idolatrado e apelidado de La Bestia em Sevilla, teve passagem ruim pelo Real Madrid e sofreu com as vaias dos madridistas. Está na reserva do Roma.
Robinho O técnico Sérgio Farias dizia que o Robinho não tinha “carcaça” de jogador de futebol. Depois, após o título brasileiro de 2002, virou chacota ao ser chamado de triatleta: corre, pedala e nada. Também não teve sucesso na Inglaterra, foi debochado e deixou o Manchester City por empréstimo em busca da felicidade no Santos.
Nilmar Classificado como jogador de vidro por causa das frequentes lesões no joelho quando estava no Corinthians.
Luis Fabiano Torcida do São Paulo o chamou de Luís Pipoqueiro após a derrota na semifinal da Libertadores para o Once Caldas.
Grafite Sofreu retaliações da torcida do São Paulo por motivo inusitado: fez dois gols contra o Juventus-SP e desta forma evitou o rebaixamento do Corinthians à Série B do Paulistão.

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