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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Kleberson, o jogador que só conhece vitória em Copa do Mundo

Após ser pentacampeão mundial em 2002, Kleberson sofreu com lesões, mas brilhou novamente pelo Flamengo e vai à África do Sul.


“Eu nasci com bola, só que não ganhei dinheiro com bola”, conta o pai Paulo.

Paulo é auxiliar técnico em um time de base, mas queria ser jogador. “Tentei bastante”, conta.

“Aí, quando veio o primeiro filho homem, falei: ‘É esse’”, lembra.

“Antes de nascer ele falava sabe: ‘Esse aqui vai seguir a carreira que o pai não teve oportunidade’”, diz a mãe Maria Pereira.

Kleberson é o caçula. Na infância, pai, mãe, duas irmãs e futebol. Patrícia é a irmã do meio: “Eu era ponta direita”, diz. Vanusa é irmã mais velha: “Acho que eu fui assim a menor goleira do mundo, 1m55”, brinca.

Dona Maria: “Eu era técnica do time e ele era meu ajudante”, conta a mãe.

“Minha mãe era, digamos, uma Felipona né?”, conta o Kleberson.

Com a benção da Felipona, de seu Paulo e das irmãs futebolistas, Kleberson se destacava no futsal, em Ibiporã, no norte do Paraná, mas queria o futebol de campo. Já tinha 17 anos e resolveu se profissionalizar no futsal mesmo.

“Na época, eu ia ganhar R$ 580, R$ 600, era muito bom pra mim né?”, lembra o jogador.

Mas naquele mesmo dia, horas antes de assinar contrato para jogar futsal, uma ligação do Atlético-PR mudou a vida dele. Em poucos meses, já estava no time profissional.

“Foi uma explosão muito grande essa. As coisas aconteceram muito muito rápido”, diz Kleberson.

O Atlético-PR foi campeão brasileiro em 2001. “Aí começou, aí foi cada vez subindo mais”, conta o jogador.

Decolou e logo veio a convocação para a seleção brasileira, do Brasil para o outro lado do mundo: a Copa na Ásia. E de lá, Europa, um grande contrato na Inglaterra.

“Fui o primeiro brasileiro a jogar no Manchester, a fazer um gol com a camiseta do Manchester”, orgulha-se o craque.

Na chegada ao milionário clube inglês, foi apresentado ao lado de um promissor atacante português. Naquele momento, o cara era Kleberson.

“Quando cheguei com o Cristiano Ronaldo, muito se falava do Kleberson. E o Cristiano era uma aposta, porque era bem mais novo do que eu né?”, diz.

Mas foram muitas lesões no Manchester. Ele foi vendido ao Besiktas, da Turquia e o campeão mundial já não tinha aquele prestígio. “Foram cinco anos fora do Brasil e longe da Seleção também”, observa.

Decidiu voltar ao Brasil: o Flamengo foi campeão brasileiro e o Kleberson para a Seleção. Para uma outra Copa do Mundo. Naquela, no Japão, se destacou na final contra a Alemanha.

“Ah, aquela bola na trave né? Meu Deus, naquela final, gente, aquilo lá ficou gravado para gente, meu Deus se aquela bola entra”, lembra a irmã Patrícia.

“Se eu fechar o olho parece que eu estou vendo aquela, sabe...”, imagina a mãe. Aquela maravilha de passe.

O caçula de dona Felipona: “Eu punha as meninas para correr atrás dele e ele driblava pra lá, driblava pra cá”, conta.

Kleberson não conhece nem empate em Copa do Mundo. Que assim seja daqui a alguns dias.

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