Fifa e Comitê Organizador declaram 'guerra' às vuvuzelas nos estádios
Danny Jordaan e Jérôme Valcke pedem que torcida sul-africana 'mude cultura' e faça mais silêncio, além de chegar mais cedo aos jogos
De forma sutil e sem citar o nome das cornetas, a Fifa e o Comitê Organizador da Copa do Mundo mandaram um aviso claro nesta quinta-feira, durante evento no Ellis Park: símbolo da torcida sul-africana, o barulho da vuvuzela não será bem-vindo nos estádios durante o torneio.

Diretor-executivo do comitê, Danny Jordaan pediu para os torcedores diminuírem o volume do som nas partidas, entre os dias 11 de junho e 11 de julho. No ano passado, houve reclamação oficial à Fifa de redes de televisão e seleções sobre o barulho, que atrapalha a comunicação no gramado e as transmissões internacionais.
Segundo Danny Jordaan, o primeiro grande teste para “mudar a cultura” da torcida local será na noite desta quinta, quando mais de 70 mil pessoas irão ao Soccer City, em Joanesburgo, para o amistoso entre África do Sul e Colômbia. Apesar da mensagem dada, os dois dirigentes não falaram diretamente das vuvuzelas.
- Há muito barulho no estádio, e isso é um problema. Isso é um assunto a ser discutido e queremos ver hoje (quinta) à noite. Quando há anúncios importantes, quando o presidente fala, todos devem ser capazes de ouvir. Pedimos essa disciplina. Quando os hinos nacionais são tocados, as pessoas devem respeitar. Não podemos ter muito barulho nos hinos - disse Jordaan.
Questionado sobre o assunto na entrevista coletiva, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que espera estádios mais silenciosos, mas fugiu da resposta e passou o tema para Jordaan. Após o evento, o GLOBOESPORTE.COM perguntou a Valcke se houve alguma reclamação oficial à Fifa sobre as vuvuzelas:
- Houve na Copa das Confederações e ficou claro que temos que trabalhar nisso - disse o secretário-geral.
Jordaan evitou reclamar diretamente sobre as vuvuzelas. Para o diretor-executivo do Comitê, o problema é o barulho em geral:
- Por exemplo, se há uma ordem para evacuar o estádio, todos têm que ouvir. Se há um hino, ele deve ser respeitado. Hoje (quinta) teremos um estádio cheio e vamos ver o volume do barulho. Temos que ver se vai interferir em toda a operação, depois teremos respostas da segurança, da organização. As pessoas têm que poder conversar na arquibancada.
A dupla também pediu outra mudança ao público local: chegar com antecedência aos jogos. O principal problema é o trânsito, que fez até a estreia oficial do Soccer City, no último sábado, ser atrasada em 30 minutos na final da Nedbank Cup.
- Hoje (quinta) vamos testar um planejamento novo no trânsito e sei que tudo dará certo na Copa - concluiu Valcke.

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