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domingo, 11 de julho de 2010

Título inédito e sofrido: Espanha vence Holanda na prorrogação

Iniesta marca o único gol da partida e põe a Fúria no seleto clube dos campeões mundiais, agora com oito integrantes

Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação

Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação.

  • Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo  da prorrogação

    Gol da Espanha! Iniesta abre o placar, aos 10 do 2º tempo da prorrogação

  • Sneijder bate falta, aos 9  do 2º tempo da prorrogação

    Sneijder bate falta, aos 9 do 2º tempo da prorrogação

  • Xavi cobra falta sobre o  travessão, aos 5 do 2º tempo da prorrogação

    Xavi cobra falta sobre o travessão, aos 5 do 2º tempo da prorrogação

  • Heitinga faz falta em Iniesta e recebe segundo amarelo,  aos 4 do 2º tempo da prorrogação

    Heitinga faz falta em Iniesta e recebe segundo amarelo, aos 4 do 2º tempo da prorrogação

  • Bola bate na nuca de Braafheid e quase engana o goleiro, a 1 do 2º tempo da prorrogação

  • Fábregas chuta rente à trave, aos 13 do 1º tempo da prorrogação

  • Navas finaliza, mas a bola desvia, aos 10 do 1º tempo da prorrogação

  • Iniesta é desarmado na hora do chute, aos 8 do 1º tempo da prorrogação

  • Mathijsen cabeceia por cima do travessão, aos 6 do 1º tempo da prorrogação

  • Fábregas chuta e Stekelenburg salva, aos 5 do 1º tempo da prorrogação

  • Villa é desarmado na hora do chute, a 1 do 1º tempo da prorrogação

  • Van Persie dribla Casillas, mas já havia impedimento, aos 44 do 2º tempo

  • Robben ganha dividida com a zaga e perde a bola ao tentar driblar Casillas, aos 37 do 2º

  • Em cobrança de escanteio Sérgio Ramos cabeceia para fora, aos 31 do 2º tempo

  • Villa completa cruzamento para fora, aos 30 do 2º tempo

  • Capdevila faz falta em Van Persie e recebe cartão amarelo, aos 22 do 2º tempo

  • Defesa holandesa falha e Villa perde de frente para o gol, aos 24 do 2º tempo

  • Robben fica na frente de Casillas que faz um milagre, aos 16 do 2º tempo

  • Robben cruza na cabeça de Heitinga, mas árbitro já marcava impedimento, aos 12 do 2º tempo

  • Heitinga faz falta em David Villa e recebe cartão amarelo, aos 10 do 2º tempo

  • Xavi bate falta com perigo, aos 9 do 2º tempo

  • Van Bronckhorst faz falta em Pedro e recebe cartão amarelo, aos 8 do 2º tempo

  • Robben chuta forte e Casillas encaixa a bola, aos 6 do 2º tempo

  • Puyol toca de cabeça e Capvila fura, aos 2 do 2º tempo

  • Robben chuta cruzado para boa defesa de Casillas, aos 46 do 1º tempo

  • Xabi Alonso bate falta forte de fora da área, aos 43 do 1º tempo

  • Pedro chuta cruzado de fora da área e a bola passa rente à trave, aos 38 do 1º tempo

  • Van Persie demonstra fair play e devolve a bola para Casillias, aos 34 do 1º tempo

  • Heitinga devolve a posse de bola e quase marca, aos 33 do 1º tempo

  • Casillias tromba com Puyol na área e fica sentindo, aos 32 do 1º tempo

  • De Jong entra de sola no peito de Vabi Alonso e recebe somente cartão amarelo aos 27 do 1º

  • Sérgio Ramos dá carrinho em Kuyt e recebe cartão amarelo, aos 23 do 1º tempo

  • Van Bommel faz falta em Iniesta e recebe cartão amarelo, aos 22 do 1º tempo

  • Sneijder cobra falta e Casillas faz a defesa, aos 17 do 1º tempo

  • Puyol faz falta forte em Robben e recebe cartão amarelo, aos 16 do 1º tempo

  • Van Persie faz falta em Capdevila e recebe cartão amarelo, aos 14 do 1º tempo

  • Villa completa cruzamento e bola vai na rede pelo lado de fora, aos 11 do 1º tempo

  • Sérgio Ramos bate cruzado e Heitinga corta com perigo, aos 9 do 1º tempo

  • Após erro na saída de bola, Kuyt finaliza e Casillas defende, aos 7 do 1º tempo

  • Sergio Ramos desvia de cabeça e Stekelenburg espalma, aos 5 do 1º tempo

  • Villa é lançado por Pedro, mas árbitro marca impedimento, aos 3 do 1º tempo

  • Van Persie faz falta dura em Busquets, aos 2 do 1º tempo

  • Confira os hinos nacionais de Holanda e Espanha

Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o título finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.

A história dessa nova campeã mundial não começou no Soccer City. No início tinha outro técnico, Luis Aragonés, e quase os mesmos jogadores. O time vencedor da Eurocopa de 2008 transformou a Espanha na seleção a ser batida. O treinador mudou, entrou Vicente del Bosque, e voltou a decepção: fracasso na Copa das Confederações, derrota na estreia do Mundial contra a Suíça. Mas o time que melhor toca a bola no planeta deu a volta por cima. E termina 2010 no topo.

Para a Holanda, que já chegara à final em 1974 e 1978, fica a decepção de acumular seu terceiro vice-campeonato em Copas do Mundo. E, desta vez, após vencer todos os jogos das eliminatórias e da trajetória na África do Sul.

Espanha Campeã mundia O goleiro e capitão Casillas ergue a taça ao lado de seus companheiros (Foto: Reuters)

As duas equipes começaram o jogo com as formações que venceram na semifinal. Assim, Fernando Torres continuou no banco da Espanha, e Pedro foi titular no ataque. E o artilheiro David Villa ficou preso entre os zagueiros, com pouca mobilidade. A Laranja contou com sua força máxima, do 1 a 11, com as estrelas Sneijder e Robben presentes.

A Fúria conseguiu ter mais posse de bola, do jeito que gosta, durante os primeiros 90 minutos: 57%. Mas não conseguiu marcar nos 12 chutes que teve, enquanto a Laranja tentou nove. Pela primeira vez desde 1994, quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis, a final terminou com 0 a 0 e foi para a prorrogação. Com o Soccer City lotado pela segunda vez no Mundial (84.490 torcedores, mesmo público da partida de abertura), Espanha e Holanda fizeram a final com o maior número de cartões amarelos da história: 13. Ainda teve um vermelho para Heitinga, na prorrogação.

Cinco cartões amarelos e poucas chances

Quem esperava o futebol arte se decepcionou nos primeiros 45 minutos. Sabe aquela Espanha que toca bem a bola e a Holanda fatal nos contra-ataques? Não entraram em campo. As duas seleções deram vez a uma faceta mais violenta, que ainda não haviam mostrado na Copa: foram cinco cartões amarelos, sendo que pelo menos um merecia a expulsão - Heitinga deu uma voadora no peito de Xabi Alonso.

A Fúria chegou à partida com 81% de aproveitamento em passes certos. Mas no primeiro tempo teve 75%, errando toques bobos. A Laranja foi bem pior: 55% de acerto. A primeira boa jogada foi espanhola. Sempre perigoso nas cobranças de falta, Xavi cobrou uma na cabeça de Sergio Ramos, que, da marca do pênalti, obrigou Stekelenburg a fazer grande defesa, aos quatro minutos. Aos sete, a Holanda deu o primeiro chute a gol com Kuyt, de fora da área, nas mãos de Casillas.

Pela direita, a Fúria conseguia bons ataques e quase marcou um golaço aos dez: Iniesta achou Sergio Ramos, que entrou na área, pedalou para cima de Kuyt e bateu cruzado, mas Heitinga tirou perto da linha. Um minuto depois, em novo cruzamento da direita, David Villa pegou de primeira de canhota e acertou a rede por fora, fazendo alguns torcedores até comemorarem.

O primeiro cartão amarelo foi para Van Persie, que deu um carrinho em Capdevila. Logo em seguida, Puyol fez falta violenta em Robben e também recebeu o cartão. Aos 22, foi a vez de Van Bommel ser advertido por acertar Iniesta. Mais um minuto, outro amarelo: Sergio Ramos, por levar Kuyt ao chão. O árbitro inglês Howard Webb ainda amarelou De Jong, que foi com as travas da chuteira no peito de Xabi Alonso, quando o holandês merecia um vermelho.

Aos 34 minutos, um lance inusitado quase resultou em gol para a Holanda. Após o jogo parar para atendimento médico, Heitinga resolveu devolver a bola para Espanha e chutou, do seu campo, em direção a Casillas. A bola quicou na frente do goleiro, que teve que se esticar para tocar nela e colocar para escanteio.

O time de Bert van Marwijk passou a gostar mais do jogo e a procurar o ataque na segunda metade do primeiro tempo. De pé em pé, a bola chegou a Mathijsen na área, aos 36, mas o zagueiro furou feio e desperdiçou boa oportunidade. Aos 45, mais uma boa troca de passes e Robben, do bico direito da área, arriscou e acertou o cantinho esquerdo de Casillas, que conseguiu salvar.

Oportunidades claras não tiram o zero do placar

As equipes voltaram para o segundo tempo sem substituições. Com dois minutos, a Espanha tentou sua famosa jogada de escanteio, que faz sucesso no Barcelona e valeu até a vitória na semifinal sobre a Alemanha: Xavi cruzou, Puyol subiu e encostou de leve na bola, mas Capdevila furou na pequena área.

A Laranja apostou nos contra-ataques e chegou duas vezes perto de Casillas. Mas Xavi chegou ainda mais perto do gol: em cobrança de falta aos nove, a bola passou rente ao travessão. Na jogada, Van Bronckhorst recebeu o sexto cartão amarelo do jogo. Aos 11, mais um: David Villa puxou o contra-ataque e levou um carrinho de Heitinga. Webb nem marcou falta, mas depois parou a partida e puniu o holandês.

Aos 15, Vicente del Bosque fez a primeira substituição da partida, mexendo no ataque: tirou Pedro e pôs Navas. Mas quem entrou de verdade no jogo foi Sneijder. Até então sumido, o camisa 10 criou a melhor chance até então: aos 18, o craque acertou um lançamento perfeito para Robben entre dois zagueiros espanhóis. O atacante do Bayern de Munique invadiu a área, cara a cara com Casillas, e chutou, mas a bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio.

Para evitar mais perigo, a Fúria voltou a adotar a tática das faltas. E levou o oitavo amarelo do jogo: Capdevila, por parar o contra-ataque de Van Persie com carrinho. Aos 24, foi a vez de a Espanha desperdiçar a sua melhor oportunidade na final: Navas cruzou da direita rasteiro, Heitinga cortou mal, e a bola ficou com Villa, na pequena área, mas o chute bateu na zaga e foi para escanteio, por cima.

Aos poucos, a Espanha voltou a controlar o jogo. E a velha jogada de apelar para o cruzamento de Xavi voltou a ser utilizada: aos 31, o camisa 8 bateu cruzamento na cabeça de Sergio Ramos, que, livre e de cara para Stekelenburg, concluiu para fora. Um lance parecido ao gol de Puyol contra a Alemanha na semifinal. Robben igualou o placar de oportunidades claras ao ficar novamente sozinho diante de Casillas, aos 38 minutos, depois de ganhar de Puyol na corrida. O goleiro saiu bem e evitou o drible, e o holandês reclamou de forma acintosa de falta do zagueiro, recebendo o nono cartão amarelo do jogo. Com os ataques em um mau dia, os 90 minutos terminaram com 0 a 0.

Iniesta marca e vira o herói

A prorrogação começou com o mesmo panorama da segunda etapa, com gols sendo desperdiçados. Fabregas, que substituíra Xabi Alonso, recebeu ótimo passe de Iniesta e chutou para defesa salvadora de Stekelenburg com o pé. No lance seguinte, foi a vez da Holanda: Casillas saiu mal do gol em cobrança de escanteio, e Mathijsen não aproveitou, cabeceando para fora.

A Espanha chegava com mais frequência e mais perigo. Iniesta tentou um drible em vez de um chute e perdeu boa chance. Jesus Navas preferiu o caminho oposto e concluiu mesmo com Van Bronckhorst à sua frente. A bola bateu nele e na rede pelo lado de fora, arrancando um sorriso do goleiro Stekelenburg.

Os treinadores fizeram suas últimas substituições na tentativas de tirar o zero do placar. Bert van Marwijk pôs Van der Vaart e Braafheid nos lugares de De Jong e Van Bronckhorst, e Vicente del Bosque trocou o artilheiro Villa por Torres. O holandês ganhou um motivo para se preocupar quando o zagueiro Heitinga recebeu o cartão vermelho após falta em Iniesta.

O gol, que teimava em não sair, veio aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação, na sequência de um escanteio para a Holanda não marcado pelo árbitro. Após jogada valente de Jesus Navas, que correu em direção ao ataque, Fabregas deu passe para Iniesta chutar cruzado e marcar. Casillas já chorava em campo mesmo antes do apito final, consciente de que fazia parte da história do futebol espanhol.

Puyol consolando SneijderPuyol consola Sneijder após a derrota holandesa na decisão no Soccer City (Foto: Reuters)

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Ficha técnica:

HOLANDA 0 X 1 espanha
Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst (Braafheid); Van Bommel, De Jong (Van der Vaart) e Sneijder; Kuyt (Elia), Van Persie e Robben.
Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Xabi Alonso (Fabregas), Busquets, Xavi e Iniesta; Villa (Torres) e Pedro (Jesus Navas).
Técnico: Bert van Marwijk. Técnico: Vicente del Bosque.
Gol: Iniesta, aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação.
Cartões amarelos: Van Persie, Van Bommel, De Jong, Van Bronckhorst, Heitinga, Robben, Van der Wiel, Mathijsen (Holanda); Puyol, Sergio Ramos, Capdevila, Iniesta, Xavi (Espanha). Cartão vermelho: Heitinga (Holanda)
Estádio: Soccer City, em Joanesburgo (AFS). Data: 11/07/2010. Árbitro: Howard Webb (ING). Assistentes: Darren Cann (ING) e Michael Mullarkey (ING). Público: 84.490.

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